Saiba tudo sobre as principais fusões e aquisições brasileiras ocorridas em 2021!

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1. Introdução

O mercado brasileiro para fusões e aquisições nunca esteve tão aquecido. O ano de 2021 ainda nem chegou ao fim, mas já registra recordes de transações desse tipo, revelando uma tendência interessante para os próximos meses.

Nesse cenário, empresários, gestores e investidores devem estar sempre atentos às novidades e oportunidades. Por isso, produzimos este e-book com tudo o que você precisa saber sobre o assunto.

O que você sabe sobre o assunto e o que o mundo pós-pandemia reserva para o mercado de M&A no Brasil? Continue a leitura para conhecer as principais fusões e aquisições desse ano e entender como isso meche com o mercado!

2. As fusões e aquisições no Brasil

Em 2021, o mercado brasileiro presenciou um grande volume de fusões e aquisições. Só no primeiro trimestre, foram registradas 375 operações — o melhor resultado nos últimos 20 anos.

Mais do que isso, o balanço do primeiro semestre revela transações que totalizam US$52,1 bilhões em operações. Esse número é mais do que o valor de todo o ano de 2020, que ficou em US$45,9 bilhões.

E o que explica resultados tão expressivos? Em linhas gerais, sempre que o futuro de uma empresa está em jogo, é natural que seus dirigentes busquem alternativas para mantê-la viva e preservar seu valor no mercado.

E foi isso que a pandemia de Covid-19 causou nos últimos meses: a real necessidade de se reinventar para sobreviver. Para isso, inúmeras organizações aproveitaram as oportunidades de fusão e aquisição.

Afinal, é totalmente possível transformar a crise em um trampolim e intensificar a retomada do crescimento. Saiba mais!

2.1. Como funcionam as fusões e aquisições

As fusões e aquisições fazem parte do universo empresarial. Embora um de seus principais objetivos seja impulsionar o crescimento do negócio, existem diferenças básicas entre essas transações.

Em geral, as fusões são executadas com o intuito de aproveitar conhecimentos e tecnologias, em um modelo de colaboração estratégica. Assim, duas ou mais empresas se unem para formar uma só marca.

Já no processo de aquisição, as empresas podem até continuar existindo, porém serão controladas pelo mesmo grupo. Em geral, a adquirente tem seus próprios objetivos estratégicos para comprar a outra.

2.2. Os setores que mais se destacaram

Como já mencionamos, o ano de 2021 se mostrou aquecido para M&A. Ao longo do ano, muitas transações foram concluídas e outras já estão em processo avançado.

Como curiosidade, é interessante citarmos os setores que se destacam nesse cenário. Afinal, essa é uma forma de entender o mercado e se antecipar às oportunidades.

Segundo o estudo da KPMG, é possível perceber um avanço dos setores de Empresas de Internet e Tecnologia da Informação. Isso se justifica pela necessidade de transformação digital e de inovação no período em que nos encontramos.

Veja, agora, o desempenho setorial de fusões e aquisições em 2021, considerando o número de processos finalizados:

1.      Empresas de Internet (149)

2.      Tecnologia da Informação (56)

3.      Instituições Financeiras (26)

4.      Serviços para empresas (18)

5.      Outros (12)

6.      Educação, Imobiliário, Telecomunicações e mídias (11)

7.      Companhias energéticas (9)

8.      Transportes (9)

9.      Varejo (8)

10.  Hospitais e Laboratórios de Análises (8)

2.3. Os estados líderes de transação

Ainda analisando os dados da pesquisa, é interessante voltarmos o olhar para um recorte regional. Afinal, essa é uma das formas de entendermos a dinâmica do mercado e as oportunidades que virão.

Nesse sentido, o estado de São Paulo, até por sua importância no universo empresarial brasileiro, lidera o número de operações realizadas, com 53,9% das fusões e aquisições realizadas no país. Confira a lista completa:

1.      São Paulo (202)

2.      Paraná (38)

3.      Rio de Janeiro (37)

4.      Minas Gerais (26)

5.      Rio Grande do Sul (24)

6.      Santa Catarina (20)

3. As maiores fusões e aquisições no país

Não há dúvidas de que as crises são grandes “professoras”. Aliás, ter uma visão ativa sobre os problemas causados é uma postura que faz gerar boas oportunidades de negócio.

Nos últimos meses, o mundo experimentou uma de suas piores crises de saúde pública, com consequências financeiras, políticas e econômicas. A Covid-19 atingiu todos os setores, exigindo medidas estratégicas de sobrevivência.

Dentre muitas medidas adotadas, a digitalização e a modernização passaram a ser prioridades. Diante disso, muitas organizações optaram em seguir o caminho das fusões e aquisições — o que ficou comprovado pelo grande volume de transações realizadas.

Esse é um cenário que chama a atenção e merece ser acompanhado de perto por empresários, gestores e investidores. Para te ajudar a se atualizar, preparamos uma lista com as maiores M&A ocorridas em 2021. Confira!

3.1. Fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica (R$115 bilhões)

Hapvida e NotreDame são duas grandes empresas do segmento de saúde suplementar. Cada uma delas detém o equivalente a 9% de participação no mercado e, após a fusão, alcançaram um market share de 18%.

A transação que gerou a combinação de negócios ficou em R$115 bilhões e pode ser muito positiva para o mercado e para as próprias empresas. Afinal, por serem verticalizadas, estão estruturadas em modelos de gestão vencedores.

Entretanto, é importante dizer que uma nota técnica da Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) classificou a transação complexa. Obviamente, isso não significa uma negativa à fusão, mas o processo deve demorar um pouco mais para ser finalizado.

3.2. BTG Pactual adquiriu a InfraCo (R$ 12,9 bilhões)

Em abril de 2021, a Oi aceitou a proposta do BTG Pactual para aquisição do controle da InfraCo — uma unidade de infraestrutura. Após desembolsar R$12,9 bilhões, a empresa adquiriu o controle de 57,9% de suas ações.

A operação é fruto do processo de recuperação judicial da Oi e foi concluída em leilão. O objetivo é garantir o funcionamento da empresa e sua reestruturação no mercado.

Destaca-se que a aquisição foi dividida em três parcelas, além de englobar a incorporação da Globenet — empresa que já pertenceu à Oi e foi vendida para o BTG Pactual em 2013.

Com isso, finalizando o processo, o BTG se tornará um grupo de empresas composto pela Globenet, pela BTG Pactual Economia Real Fundo de Investimentos e outros fundos do grupo.

3.3. Carrefour Brasil adquiriu o Grupo Big (R$ 7,5 bilhões)

No mês de março de 2021, o Carrefour anunciou a aquisição do Grupo Big (antigo Walmart Brasil) pelo valor de R$7,5 bilhões.

As duas empresas atuam no setor de varejo e, juntas, teriam faturado o equivalente a R$100 bilhões no ano anterior. A negociação é parte de uma estratégia inteligente do Carrefour que deseja investir em regiões onde ainda não tem expressividade, como o Nordeste e Sul do país.

No entanto, a transação ainda passa por aprovação, uma vez que o Instituto de Defesa do Consumidor apontou riscos em razão da concentração de mercado nas mãos de um só grupo.

Atualmente, o Carrefour é o principal varejista do Brasil, enquanto o Big ocupa a quarta posição. Por esse motivo, o Cade avaliará a situação, que só deve ser aprovada no próximo ano.

É interessante mencionar que a operação gera uma mudança nas marcas, visto que o Grupo Big deixará de ser usado em quase todas as lojas. Além disso, as lojas Maxxi serão transformadas no Atacadão e uma parcela dos supermercados Big e Big Bompreço passarão a ser chamados de Atacadão ou Sam’s Club.

3.4. Grupo Soma comprou a Hering (R$ 5,1 bilhões)

Após uma rápida negociação, o Grupo Soma anunciou a compra da Hering por R$5,1 bilhões. Com isso, o mercado varejista de moda brasileiro deve se tornar ainda mais competitivo nos próximos anos.

A transação está de acordo com a tendência de fusões e aquisições no setor, que tem como grandes objetivos expandir o mercado de moda por todas as regiões do país e, claro, reverter os impactos causados pela pandemia.

Agora, além de controlar as marcas Animale e Farm, o Grupo Soma terá em mãos uma marca centenária e com grande peso entre os consumidores. Isso o coloca no quarto lugar entre as empresas do segmento, com uma rentabilidade de R$ 2,7 bilhões.

4. Outras movimentações importantes

Além das operações mencionadas, existem outras que também chamam a atenção do mercado. Seja por sua importância no cenário atual ou por demonstrarem uma forte tendência, é essencial conhecê-las um pouco mais. Acompanhe!

4.1. Totvs e RD Station

Uma fusão que chamou muita atenção no mercado foi a da Totvs com a RD Station. Isso porque, estamos falando da maior empresa de softwares de gestão com a principal empresa de automação de marketing do país.

A compra foi negociada em R$1,86 bilhão e entrega o total de 92% do capital da RD à Totvs. O objetivo por trás dessa operação é ampliar o portfólio de clientes, além de oferecer novos serviços e experiências ao público.

4.2. Magazine Luiza e KabuM!

A Mazine Luiza é uma das grandes empresas de varejo do país e, agora, é dona de 100% da KabuM!, a maior plataforma de e-commerce de games e itens de tecnologia brasileira.

A transação total deve custar o equivalente a R$3,5 bilhões e foi dividida em três etapas. Além do pagamento à vista de R$1 bilhão, haverá a transferência de R$75 milhões de ações ordinárias do Magalu por 18 meses.

A última etapa do pagamento está prevista para 2024 e depende do desempenho do KaBuM!. Assim, a plataforma integrará o sistema da Magalu e deve operar de forma colaborativa com o Jovem Nerd e Canaltech, que têm o mesmo nicho de clientes.

Essa é uma estratégica da Magazine Luiza para atrair e interagir com o público gamer e fã de tecnologia. Com a aquisição, ela deve oferecer experiências mais adequadas, com conteúdos, produtos e entretenimento completo.

4.3. Petz e Zee.Dog

A Petz é uma das grandes empresas voltadas para a venda de produtos para animais e, em 2021, comprou a plataforma Zee Dog e suas subsidiárias. O valor total da transação foi de R$715 milhões e deve impulsionar ainda mais os resultados da marca.

A estratégia da empresa é se consolidar como líder nesse mercado e se tornar mundialmente conhecida como o melhor ecossistema no universo pet até 2025.

Com a aquisição, ela conseguirá ampliar sua participação, além de desenvolver produtos exclusivos e aproveitar a rede de distribuição para pequenos petshops no Brasil — alguns dos diferenciais da Zee.Dog.

4.4. Qualicorp compra o Grupo Elo

A Qualicorp, administradora de planos de saúde, anunciou a compra do Grupo Elo, formado pela Elo Administradora de Benefícios e pela APM Assessoria Comercial e Corretora de Seguros.

A transação custou R$129,5 milhões e serviu para ampliar a participação da empresa no mercado, que agora passa a comercializar e gerenciar planos de saúde de forma relevante em todo o território nacional.

A concretização do negócio torna a Qualicorp a única sócia do Grupo Elo, que tem atuação em todo o país, com grande concentração do Distrito Federal. Com isso, a empresa espera incorporar mais 52 mil clientes ao seu portfólio de adesão e empresarial.

4.5. Banco Inter adquire a fintech americana Usend

O banco Inter deu um passo importante para a expansão da marca para o exterior ao comprar a fintech americana Usend. Esse banco digital dos EUA já tem mais de 150 mil clientes e atua de forma regular em mais de 40 estados no país.

O valor total da transação ainda não foi divulgado, mas já se sabe que a empresa brasileira comprou 100% da fintech. Com sede em Manhattan, ela já oferece benefícios como conta digital, cartão de débito e recarga de celular aos clientes, o que servirá para os propósitos do Inter.

A ideia é aproveitar a infraestrutura para se fortalecer no mercado internacional, entregando aos consumidores produtos e serviços mais baratos e inovadores do que os bancos tradicionais.

É interessante destacar que a Usend é uma empresa americana, mas foi fundada por um brasileiro. Fernando Fayzano é um emigrante e criou a empresa para simplificar o envio de dinheiro de brasileiros para o nosso território.

5. Conclusão

O mercado de fusões e aquisições está aquecido no Brasil. O ano de 2021 serviu para mostrar que nossas empresas estão firmes no propósito de vencer a crise e sabem como usar as melhores estratégias.

Por tudo o que vimos, podemos dizer que essa tendência deve marcar os próximos meses. Aliás, muitas M&As vão se concretizar no ano de 2022, que pode bater novos recordes.

Aos gestores, empresários e investidores, cabe um olhar mais atento a essas transações e aos seus motivos. Afinal, inovação, melhoria de resultados e expansão da marca são apenas alguns dos benefícios conquistados.

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